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Quinta-feira Santa. Dom Sumbelelo: comungar o Corpo e o Sangue do Senhor é estar disposto a ir com Ele até a cruz

Dom Emílo Sumbelelo presidiu na Catedral de Viana a missa da Ceia do Senhor, esta quinta-feira.
A comunidade paroquial acorreu a celebração que recorda a instituição da Eucaristia e a instituição do Sacerdócio.
Falando aos presentes, na homilia, recordou as catequeses que tem vindo a fazer diariamente durante a Semana Santa, de forma muito especial a feita esta Quinta-feira Santa. As catequeses são difundidas pela rádio todas as manhã.
Apegando-se ao que se celebrava no momento, disse aos presentes: “esta é a tarde ou a noite que faz memoria (…) da Ceia Pascal de Jesus. Aquilo que o Senhor realizou durante toda a vida e consumou na cruz, isto é, a Sua entrega de amor total ao Pai por nós, Ele quis nos deixar nos gestos, nas palavras e nos símbolos da Ceia”.
E por falar em símbolos, “naquela mesa Santa do cenáculo estava já presente em símbolos e gestos a entrega amorosa do calvário”, referiu o Bispo de Viana que acrescentou: “é isto que celebramos neste momento sagrado. Momento de saudade, de aconchego e de despedida”.
Nessa mesma noite Jesus teve um gesto que os discípulos não compreenderam, um gesto repleto de significado e de ensinamento. Jesus lavou os pés aos seus, enquanto celebrava com eles. Hoje repete a mesma celebração connosco. “Hoje (…) ele se fez nosso servo, ele lavou os nossos pés, porque não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos”.
Um novo mandamento é dado nesse momento. “Hoje Jesus nos deu o novo mandamento: se Eu o Senhor e mestre vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Dei-vos o exemplo para que façais o mesmo como eu fiz. Assim fazendo, assim falando, o Senhor ordena-nos, por amor a Ele, a que nos servamos mutuamente, nos amemos mutuamente, nos aceitemos e perdoemos mutuamente, até dar a vida uns pelos outros”.
Dom Emílio Sumbelelo reconhece que nisto está “o nosso testamento, a nossa riqueza” ao mesmo tempo que também está “a nossa vergonha”. A razão está no facto que “tantas e tantíssimas vezes não cumprimos o gesto do Senhor”.
Olhando para o gesto de Jesus e para a situação na qual hoje se vive, o bispo de Viana lançou um apelo qu eultrapassa os limites da paróquia onde estava ele a celebrar a missa da Ceia do Senhor: “Eu vos peço, em nome de Cristo, reconciliai-vos em família, por amor de Cristo. Reconciliai-vos na Paróquia, nos grupos, nos movimentos da Igreja, por amor daquele que nos amou e nos deu o exemplo”. E acrescentou, suplicando: “Por aquele que se entregou a nós nesta tarde bendita, perdoemo-nos, acolhamo-nos, amemo-nos. É o único modo, caríssimos irmão e irmãs, de celebrarmos a Santa Páscoa, no domingo próximo, e de participarmos hoje desta Ceia Bendita”.
Nem sempre é fácil amar e sabendo disso “para que tenhamos a força de amar como Ele, de confiar amorosamente ao Pai como Ele, de amar os irmãos como Ele, o Senhor hoje instituiu o sacramento do amor, a Eucaristia, hoje Ele deixou-se ficar no pão e no vinho transfigurados pelo Seu Espírito Santo, como sacramento do Seu Corpo e Sangue imolado e ressuscitado para ser nossa oferta ao Pai, nosso alimento no caminho enquanto peregrinos para outra a pátria e nosso penhor de ressurreição e de vida eterna”.
Todo esse gesto é digna de gratidão da parte dos baptizados, especilamente daqueles que se aproximam da mesa sagrada para comungar. Daí a advertência feita pelo Bispo da Diocese de Viana: “comungar hoje o Corpo e o Sangue do Senhor, não é somente unir-se a Ele, mas estar disposto a ir com Ele até a cruz e a morte”. E buscando o exemplo de Pedro, acrescentou: “não façamos como Pedro que prometeu, mas não cumpriu e negou o Senhor”.
Em seguida dirigiu um pedido aos que estavam a celebrar a Ceia do Senhor naquela noite: “Não reneguemos na vida e nas acções Aquele que hoje nos convida a Sua mesa e connosco celebra a Sua Páscoa”.
Para presidir a Eucaristia e ser um sinal Dele no meio dos homens, enquanto mestre e servidor, “Cristo na Ceia instituiu o sacerdócio ministerial. Aqueles que em Seu nome e por Sua ordem, deverão presidir a celebração eucarística até que ele volte”.
E foi com o pensamento em todos os que exercem o sacerdócio ministerial que Dom Emílio Sumbelelo fez um pedido especial: “rezemos pelo nosso Papa, pelos nossos Bispos, pelos nossos sacerdotes, para que sejam dignos de tão grande ministério e o exerçam como Cristo que não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida para a salvação de todos”.
O Bispo de Viana terminou a homilia dizendo aos fiéis para que não ficassem indiferentes a todos os acontecimentos que se vão celebrar e viver durante o Tríduo Pascal.

Sammy de Jesus

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