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Sínodo: Está aberta a caminhada sinodal na Diocese de Viana

A abertura do Caminho Sinodal na Diocese de Viana aconteceu domingo último, dia 17 de Outubro.
A cerimónia teve lugar na Catedral da Diocese e foi conduzida por Dom Emílio Sumbelelo, Bispo da Diocese, em missa presidida por Dom Giovanni Gaspari, Núncio Apostólico em Angola e São Tomé.
Aos diocesanos de Viana, Dom Emílio Sumbelelo fez saber que “O Sínodo no seu todo constitui um momento significativo de comunhão eclesial, de escuta, oração, diálogo e discernimento de todo o Povo de Deus presente na nossa Diocese. Nele se torna visível o mistério da Igreja-Comunhão, uma vez que unida a Cristo, a Igreja é como que o sacramento ou sinal e o instrumento da íntima união com Deus e da unidade com todo o gênero humano. Constitui um acontecimento de Graça no qual o Povo de Deus que vive numa Igreja diocesana é convocado e se reúne, em nome de Cristo, sob a presidência do Bispo para discernir os desafios pastorais”.
A caminhada sinodal vai começar numa primeira fase nas paróquias e centros pastorais, porque como diz o Bispo, “A Paróquia é a Casa de Deus no meio das casas dos homens. É o lugar de acolhimento e de esperança, lugar de oração e espaço de celebração da festa. É referência na cidade, nas nossas centralidades, nos nossos musseques, através de sinais sensíveis e visíveis como por exemplo o sino, o canto e a forma de entender os dramas e as alegrias humanas, as esperanças e a angústias dos milhares de homens e mulheres, jovens e velhos, adultos e crianças do nosso território diocesano”.
Esses lugares, na visão de Dom Emílio, tornam–se lugares privilegiados de vivência da sinodalidade e “Converter-se-ão em lugares onde se aprende a viver como discípulo do Senhor, no interior de uma rede de relações fraternas, nas quais se experimenta a comunhão da diversidade das vocações, das gerações, dos carismas, dos ministérios e das competências, formando uma comunidade concreta que vive solidamente a sua missão e o seu serviço na harmonia do contributo específico de cada um”. A seguir convidou a todos para que “De mãos dadas” todos se coloquem a escuta do Espírito Santo que “sopra onde quer, ouves o seu ruído, mas não sabes de onde vem nem para onde vai”.
A metas desenhadas para a caminhada sinodal, apesar de desafiadoras, podem ser alcançadas e podem produzir frutos, mas “para se alcançar os frutos desejados, deste caminhar em conjunto e lado a lado, é imprescindível saber ouvir com a mente e com o coração. Ter a ousadia e a liberdade de tomar a palavra com coragem para o bem da Igreja e do homem nosso irmão”.
Dom Emílio Sumbelelo fez questão de chamar a atenção dos seus co-diocesanos para o seguinte: “A sinodalidade a que somos chamados a viver, inclui o reflectir juntos sobre quem faz parte do que chamamos, nossa Igreja”. Partindo deste pressuposto e com cinco verbos foi baixando para pontos concretos, que tidos em conta vão ajudar a fazer a caminhada sinodal:
“Escutar os jovens, as mulheres, os consagrados, as nossas mamas zungueiras, os descartados, os excluidos e também os que não são da nossa Igreja e os que não rezam”;
“considerar se um estilo autêntico de comunicação é promovido na comunidade, sem duplicidade”;
“Reflectir sobre como a Paróquia, o Centro de Pastoral ou o Movimento Apostólico, apoiam os membros engajados em um serviço”;
“Repensar lugares e modos de diálogo na Diocese com comunidades e movimentos apostólicos, com instituições e com os não crentes”;
“Questionar-se como é exercida a autoridade na Igreja Diocesana, como as decisões são tomadas, que instrumentos são promovidos para a transparência, a responsabilidade, qual é a formação dos que têm posições de responsabilidade”.
Em todas essas tarefas que o ‘caminhar juntos’ sugere, o Bispo da Diocese de Viana disse que vai contar com todos aqueles que com ele suportam o cansaço do trabalho missionário na Diocese: “Caros sacerdotes e religiosos, conto convosco na animação da auscultação. Sede pastores no meio dos vossos irmãos, vossos fiéis, caminhando com eles”.
Citando palavras do Papa Francisco, Dom Emílio Sumbelelo, continuou: “Nós pastores caminhamos com o povo. Às vezes caminhamos a frente, indicando o caminho, indicando a via. Outras vezes caminhamos no meio com o Povo de Deus para o fortalecê-lo na unidade. Outras vezes caminhamos atrás, para que ninguém fique para trás, mas, principalmente, para seguir o faro que o Povo de Deus tem, para encontrar novas estradas”.
O Bispo conclui a mensagem de abertura da caminhada sinodal na Diocese, pedindo que se reze a oração pelo sínodo em todas as assembleias litúrgicas e em todos os encontros de trabalho. Lembrou ainda que o “Espírito Santo é o principal agente do sínodo diocesano e nós somos os seus colaboradores.
A cerimónia encerrou com a entrega de símbolos e documentos – uma vela, o documento preparatório, o vademecum, o regulamento do sínodo e o calendário das actividades – aos párocos, reitores de centros pastorais, superiores de comunidades religiosas e leigos responsáveis nos núcleos e grupos sinodais já formados.
A abertura da caminhada sinodal foi antecedida de um dia de reflexão, com membros de todas as equipas sinodais. A actividade aconteceu no dia 16 de Outubro.

Sammy de Jesus

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