Antes do dia de Natal, missionários e leigos da Diocese de Viana, apresentaram cumprimentos de fim de ano ao seu Bispo. A cerimónia aconteceu no salão da Paróquia São Francisco de Assis, Catedral da Diocese.
As 10.35 minutos, depois do acolhimento, da entoação do canto de Advento e da oração inicial, o Vigário Geral da Diocese, Padre Fila José Zua Cassule, fez uma breve viagem por alguns acontecimentos que marcaram o ano de 2021.
Dom Emílio Sumbelelo, depois dirigiu-se aos presentes e agradeceu a colaboração de todos durante o ano que está a terminar.
“Encontramo-nos no fim de mais um ano, também caracterizado na Igreja e no Mundo, por muitas situações atribuladas, por grandes problemas e desafios, mas também por muitos sinais de esperança” – referiu o bispo de Viana.
O Bispo fez questão de salientar alguns pontos em concreto. “Iniciamos o ano com uma retomada tímida das nossas actividades pastorais, por causa da ameaça sempre permanente e presente da COVID-19, que ainda hoje persiste como um mal a ter em conta, não obstante os esforços da ciência com a criação de diversas vacinas.”
Apesar da Pandemia, as visitas pastorais foram acontecendo e Dom Emílio Sumbelelo refere: “Passando pelas vossas comunidades e Centros de Pastoral, pude perceber como essa emergência sanitária afetou grandemente as Comunidades, os movimentos apostólicos e os diversos Grupos. Porém, lentamente, a vida nas nossas comunidades vai voltando a normalidade, graças ao empenho e esforço de todos vós. Não devemos baixar a guarda, continuemos também a orar para que Deus em cujas mãos está o nosso destino, nos dê dias melhores e abençoados. Sobretudo para o ano de 2022”.
Outro marco deste ano que termina, foram as ordenações sacerdotais, bem como as profissões religiosas. Estes foram, segundo o Bispo da Diocese, “um momento de Graça, momento de crescimento, e momento de Acção de Graças. Deus o dono da vinha vai suscitando na sua Igreja vocações, para que não falte à sua grei, aqueles e aquelas que apascentam o rebanho, segundo o coração de Deus: ‘Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, os quais vos apascentaram com ciência e inteligência’, escreve o profeta Jeremias”.
O mês dedicado as vocações, também mereceu destaque no pronunciamento de Dom Emílio Sumbelelo. “Foi com coração grato a Deus que durante o mês de Agosto rezamos nas nossa comunidades pelas vocações sacerdotais, religiosas e também matrimoniais. Devemos rezar sempre sem desfalecer, porque afinal é mesmo uma ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo que diz: ‘A messe é grande mas poucos são os operários. Rogai ao Senhor da messe que mande operários para a sua messe.’”
A abertura do Sínodo é um outro marco que foi salientado. Os núcleos sinodais estão a trabalhar a um bom ritmo, reconhece o Bispo de Viana, e refere que tudo tem corrido assim devido ao empenho e a dedicada pastoral atenta de todos os envolvidos. “Espero que as celebrações a serem realizadas nas Paróquias e Centros de Pastoral e depois a nível de Diocese, tragam frutos com aroma de Espírito Santo”.
Novos missionários e missionárias chegaram a Diocese para colaborar no Trabalho Pastoral. “A todos acolhemos e faremos tudo para que se sintam em família”. E acrescentou: “vemos em cada um deles e em cada uma delas a dádiva do Espírito Santo à sua Igreja que peregrina entre os filhos e filhas presentes na Diocese”.
Todavia nem tudo foi positivo durante o ano que está a terminar. Tal levou o Bispo da Diocese de Viana a dizer: “2021 foi um ano que suplicando a Deus, a quem pertence o futuro, gostaríamos que não se repetisse.”
Alguns dos momentos não positivos e eloquentes foram salientados.
“A situação socioeconómica que se agudizou por causa da emergência sanitária da COVID-19 e da seca que assolou quase todo o território nacional, criando como consequência imediata o desemprego, a fome e até mortes que se poderiam evitar. Muitas das famílias presentes na nossa Diocese ficaram literalmente desestruturadas. Agradeço aquelas paróquias que aderiram a pastoral do kilo, cuja recolha tem servido de para a criação de banco alimentar e de dar corpo às cozinhas comunitárias. Não é muito, mas é alguma coisa”. O Bispo da Diocese continuou com um pedido: “nestes dias de festa, reforcemos a nossa pastoral do Kilo, para fazermos alegrar ao menos uma criança ou um velhinho abandonado”.
Foi um ano em que a violência não poupou as estruturas da Igreja. Assaltos a mão armada aconteceram até a casas religiosas e deixaram traumas que vão levar tempo a sarar. “Muitos desses casos ainda esperamos que as autoridades angolanas esclareçam”, salientou Dom Emílio Sumbelelo.
Os missionários que deram o melhor de si ao serviço da Diocese foram lembrados. “Recordamos a quantos já pertencentes a nossa família diocesana, nos meses passados, cruzaram o limiar do tempo e entraram na Paz de Deus. Numa circunstância como esta é bom para o coração sentir próximos quantos partilharam connosco o serviço da diocese e agora junto do trono de Deus, intercedem por nós”.
Dom Emílio Sumbelelo terminou desejando votos de Feliz Natal a todos os Diocesanos de Viana.
Depois os presentes, um a um foram passando a cumprimentar o Bispo da Diocese.
Sammy de Jesus